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quinta-feira, 8 de abril de 2010

E agora José? Oppssss... Camila

Nesse dia tórrido, tipico dos últimos meses em Fortal, fui à terapia. Liguei antes para o consultório a fim de confirmar o atendimento e fui informada ( a moça da recepção, que sempre esqueço o nome, já sabe que sou muletante) que a rua estava em obras.Gente, desde que freqüento à terapia, a rua está em obras, acho que não tem jeito não.Eles colocam o asfalto e pouco tempo depois tiram, essa é a brincadeira, há pelo menos uns seis meses, da galera da prefeitura. O problema é que nessa sutil brincadeira, eu não posso pegar ônibus, senão terei que andar umas dez quadras. Ai já viu o estresse do Móises. Ah!Ainda não apresentei vocês a ele. Moisés é o nome da minha prótese (quando ele se comporta). E Uruca (quando ele me deixa na mão ou melhor no chão). Então, tive que pegar um táxi. Este estava com o cinto de segurança do passageiro quebrado. Moço, pode parar. Não vou assim de jeito nenhum. Moça, não vai acontecer nada... Eu disse: me dá os números da mega-sena já que prevês o futuro. Acho que ele não gostou, mas eu prefiro não me arriscar. A contragosto, ele chamou outro táxi e lá vamos nós. Deu 7 reais, dava preu andar umas 8 vezes de ônibus. A tarifa pra estudante é 0,80 centavos e como estamos em contenção de despesas... Quando, eu dou uma olhada pra calçada do consultório... Jesus! Toda quebrada e eu tinha que entrar. Fiquei lá, pensando em várias estratégias de não me arrebentar. Sou mestre em cair. Dessa vez, o plano foi infalível e consegui entrar. Eba!!! A terapia foi ótima, só queria que durasse umas 5 horas, tinha muita coisa a dizer e analisar. Ao sair da clínica, mais problemas, enfrentar a calçada novamente e ter que atravessar a rua com o asfalto quebrado, cheia de irregularidades e reentrâncias. Ai, eu já pensei como deveria cair. Analisei a situação, pedi proteção ao santo das próteses inquebráveis e fui. Nunca me requebrei tanto pra ficar em pé, acho que o pessoal pensou que eu tava dançando um rebolation da vida. Cheguei na metade do pecurso inteira, olha como estou progredindo! Faltava a última travessia. Como eles tinham interditado parte do canteiro (também quebrado), fiquei me equilibrando na pontinha, ate que deu pra passar e cheguei sem nenhum roxo em casa. E onde está a tal acessibilidade tão falada? A primeira vez que nos deparamos coma palavra acessibilidade, pensamos naturalmente na palavra acesso. E é uma verdade! Sua aplicação, de fato, teve origem na necessidade da transposição de obstáculos que impediam ou impedem o acesso das pessoas com deficiência a lugares de uso comum e público. Mas, ao longo do tempo, o conceito de acessibilidade assumiu dimensão mais ampla.Qualquer tipo de barreira, para qualquer pessoa, mesmo sem deficiência ou limitações temporárias, passou a ser relacionada a acessibilidade.Uma mulher grávida em uma calçada esburacada, um estudante que torceu o pé e não tem como assistir aula, pois sua sala fica no segundo andar e só tem escadas, os idosos do nosso país. Observamos que a luta pela acessibilidade não é SOMENTE dos deficientes fisicos, mas de toda a sociedade. Vamos lutar pelos nossos direitos pessoal!

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